Para o biênio 2025-2026, quatro importantes profissionais dos setores de logística e seguros apontam os riscos e oportunidades, assim como: escassez de mão de obra com foco na capacitação de motorista e atenção à saúde nas estradas; aplicação da inteligência artificial para aperfeiçoar processos e a rentabilidade do negócio, formas de contratação, inovações, regulamentações que redesenham o setor, entre outros.
Sobre os desafios, Bruno Barazzutti, CEO da Starken Insurance, corretora especializada em seguros de transporte de carga, relata que nos últimos meses, além dos desafios inerentes aos setores citados aqui, o País também presenciou cenários econômicos e políticos que interferem diretamente no poder de decisão das empresas. “Por isso, profissionais experientes se reuniram e apresentaram direcionamentos que podem ajudar no atual cenário”.
O diretor de transportes da seguradora Sompo, Adriano Yonamine lembrou sobre a criação de produtos já disponibilizados para atender as regulamentações da Susep e os avanços que vão, além de uma apólice de seguro. “Desenvolvemos uma área específica para acompanhar as mudanças, tendências e dificuldades das empresas do setor logístico, com atenção às transportadoras que não possuem acessos a sistemas de gerenciamentos de riscos e outras medidas de segurança para o seu negócio. Destaco que o motorista é o principal ator da cadeia logística e temos a preocupação de ajudar os transportadoras para atender melhor às necessidades diários dos motoristas”.
O CEO Rafael Mansur, da Matrixcargo e Cargolift, uma das maiores transportadoras do Sul do País, citou a escassez de mão de obra como uma das maiores dificuldades. “Principalmente no caso de motoristas, será importante encontrar um equilíbrio entre as contratações CLT e MEI Caminhoneiro para que sejam vantajosas para os envolvidos, visto que isso envolve custos e “dificuldades fiscais”. Ao mesmo tempo, as empresas do TRC precisam passar por uma mudança cultural para a introdução de novas tecnologias e processos, e evitar principalmente, o receio dos colaboradores em relação ao desemprego, sendo que a tecnologia também precisa da inteligência humana”. O equilíbrio do fluxo de caixa, em um cenário com alto custo de frete/combustível e taxa básica de juros em elevação é uma das maiores preocupações para os próximos dois anos.
Já o presidente de Honra da ABTC – Associação Brasileira de Logística, Transportes e Cargas, Pedro Lopes também alertou sobre a escassez de mão de obra, com atenção especial à função motorista e a sua saúde. “Empresários devem ficar atentos como seus motoristas são tratados desde à saída das empresas, durante o trajeto nas estradas, até o destino final. “Investir cada vez mais em qualificação e na saúde é primordial para manter a qualidade do serviço no mercado. “O País precisa ter estrutura adequada nas estradas para oferecer descanso e apoio à classe evitando riscos, com informação e atenção especial ao motorista para que sua vida não fique vulnerável”.
- OPORTUNIDADES
Ir além do seguro! Esse é o posicionamento de atuação na Sompo. Adriano Yonamine destacou os processos de subscrição e precificação realizados atualmente com inteligência artificial para evitar trabalhos repetitivos e facilitar a proximidade da equipe com os clientes. “Quando o assunto é inovação, temos uma central própria de monitoramento que está em constante evolução para ser mais eficiente em auditorias e outras responsabilidades, que vão além do seguro. Também pensamos em soluções para amenizar o impacto dos acidentes com a adesão de empresas parceiras com foco também em prevenção de acidentes e a preservação das vidas, além das soluções que visam redução de custos com combustível, pneus, iscas, rastreadores, entre outras.
Pedro Lopes, presidente de Honra da ABTC – Associação Brasileira de Logística, Transportes e Cargas, indica que as empresas devem contar com o apoio, por exemplo, do sistema SEST SENAT, que oferece qualificação ideal para que os motoristas recebam qualificação total. “Depois da saída da empresa, é o motorista que é responsável pela carga do cliente. Saber quais leis devem ser seguidas, além das sinalizações nas estradas, são fundamentais para a qualidade de serviços do setor. Afirmo com clareza que empresas qualificadas que proporcionam segurança ao seu motorista e à carga, terão mais sucesso no mercado”.
Rafael Mansur destacou a parceria entre a Matrix Cargo e a Cargolift que atingiu metas significativas de redução de custos nas operações logísticas, ao considerarem critérios de geolocalização, redução de deslocamento de caminhões vazios, veículos menores para operações mais reduzidas, entre outras iniciativas. “Com a ajuda da inteligência artificial, é possível reduzir por exemplo, a programação completa de uma operação. Antes, a Cargolift precisava de 8 horas para esta tarefa e a IA faz atualmente faz em 15 minutos. “A transportadora digitalizou toda a sua operação, desde a originação de uma demanda (embarcador ou transportador) até a comprovação da entrega, com o apoio da plataforma colaborativa Matrix Cargo.
Para ter mais detalhes sobre os riscos e oportunidade, profissionais dos setores logístico e seguros, podem realizar a sua inscrição pelo link Link ). A participação é gratuita para o público durante a primeira edição do evento online “Starken Experience”, que ocorrerá nos dias 20 e 21 de agosto, com o apoio das empresas Akad Seguros, Sompo Seguros, Berkley Seguros, L Perna Reguladora, Upper Gerencimento de Risco e Game Trucke e Starken Insurance.