O Seguro Condomínio em Santa Catarina registrou um crescimento de 35,8% no acumulado de 2024 até novembro, na comparação com o mesmo período de 2023, com uma arrecadação de R$ 74,97 milhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras.
O valor pago em indenizações, por sua vez, cresceu 33,5%, alcançando a cifra de R$ 25,77 milhões no período.
Com base na Lei 4591/64, o Seguro Condomínio é de contratação obrigatória em condomínios de uso residencial ou comercial. Sua contratação e renovação são de responsabilidade do síndico, como definido pelo artigo 1.348 do Código Civil.
De acordo com o presidente do Sindicato das Seguradoras de Santa Catarina (SindsegSC), João Amato, o cenário dos seguros condominiais no Estado é muito positivo e possui ainda espaço para crescer pelos próximos anos.
“Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 14% da população de Santa Catarina mora em condomínios residenciais. Entre 2010 e 2022, o número de condomínios residenciais no estado cresceu aproximadamente 50%. Quando avaliamos o mercado segurador e nos planejamos para implementar tecnologias e soluções nas seguradoras, temos que levar em conta o caminho que a sociedade está seguindo para que possamos evoluir juntos, nos adequando às necessidades de todos. Esses dados evidenciam que precisamos estar atentos à sociedade, orientando os moradores de Santa Catarina sobre as melhores opções para proteção dos bens, da vida e do futuro”, salienta Amato.
A vice-presidente da comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Magda Truvilhano, também credita a expansão desse seguro ao maior entendimento e valorização das coberturas oferecidas, que abrangem uma variedade de riscos que antes podiam ser negligenciados pelos gestores e moradores.
“Os condomínios estão cada vez mais expostos a sofrer danos, especialmente por intempéries como vendavais ou alagamentos, e o seguro que cobre danos a este patrimônio comum tem sido fundamental para a recuperação e habitabilidade do edifício de forma rápida e eficiente, em caso de prejuízos”, afirma a executiva. Além disso, Truvilhano destaca outra importante cobertura, que tem atraído o interesse de síndicos e administradores imobiliários: a de Responsabilidade Civil, que protege o condomínio contra eventuais ações judiciais movidas por terceiros devido a eventos de sua responsabilidade.
Além dessas coberturas, a representante da FenSeg destaca a oferta de assistências técnicas embutidas no seguro como outro fator determinante para o aumento na contratação do produto. Os serviços oferecidos pelas seguradoras incluem desde reparo elétrico e hidráulico, passando por manutenção de portões, até contratação de zelador substituto.
A cobertura desse seguro, informa a cartilha “Seguro de Condomínio: tudo que você precisa saber”, abrange o prédio, áreas comuns, anexos, bens e equipamentos exclusivos do condomínio e estrutura das unidades autônomas. Sua cobertura básica cobre riscos de incêndio, queda de raio e aeronave dentro do terreno segurado, além de explosões de qualquer natureza, podendo ser agregadas coberturas adicionais, com o contratante determinando a verba para cada cobertura.
Sobre a CNseg
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