Na tarde desta terça-feira (20), o Sindicato das Empresas do Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp) reuniu os principais players do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) com o objetivo de divulgar os temas discutidos na segunda edição de 2024 do Conselho Nacional de Estudos em Transportes, Custos, Tarifas e Mercado (CONET&Intersindical), realizado pela NTC&Logística em Itapema-SC. “É muito importante que os temas discutidos no CONET sejam repassados a todo setor de transportes, pois dessa forma conseguimos discutir as melhores práticas e entender quais são as principais dificuldades enfrentadas”, explica Marcelo Rodrigues, vice-presidente do Setcesp.
Dessa forma, foi realizada, na sede da entidade, a 16ª Conferência de Tarifas, que contou com palestras, painéis e workshop baseados nas principais temáticas e demandas que o setor enxerga como prioritárias.
De acordo com Ana Jarrouge, presidente executiva do Setcesp, foram definidos para o evento temas que refletem bastante no dia a dia das transportadoras. “O primeiro assunto que nos chamou a atenção foi a alteração da legislação do seguro de cargas pela Lei 14.599. O mercado ainda está negligenciando essa nova legislação, por isso, fizemos questão de trazer especialistas no tema para passar mais informações e mostrar a importância de estar de acordo com as diretrizes estabelecidas. Já o segundo assunto diz respeito à Gestão de Risco (GR). Hoje cerca de 70% da indenização de sinistro de transporte é decorrente de acidentes e o restante é roubo, então houve uma inversão nessa proporcionalidade nos últimos anos, por essa razão, as empresas têm que atuar preventivamente”.
Dessa forma, a primeira palestra contou com a participação de Lauro Valdívia, engenheiro e assessor técnico da NTC&Logística. Ele comentou da Pesquisa sobre o Mercado de Transporte de Cargas. Em seguida, o assessor jurídico do Setcesp, Adauto Bentivegna Filho, falou sobre as principais alterações no seguro de cargas, de acordo com a Lei 14.599. Para complementar a discussão, iniciou-se o painel “Seguros no Transporte de Cargas: Abordando as principais mudanças da legislação e as novas perspectivas para o setor”. Para falar sobre o tema, participaram Marcelo Rodrigues (vice presidente do Setcesp), Mailson Araújo (superintendente técnico de Transporte da Apisul), Cibelle Previdelli (sócia da Impactare Seguros), Roberto Schimith (diretor comercial da Insert Seguros) e Antonio Carlos Mendes (diretor jurídico da Pamcary).
Dando continuidade às atividades, Geovani Serafim (presidente da Serafim Transportes e coordenador do Instituto COMJOVEM) e Luis Felipe Machado (sócio diretor da Formato Transportes) comandaram a palestra “Você sabe o seu valor?”. Nesta, falaram sobre a relação entre risco e valor dentro do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) e destacaram a importância das estratégias de governança dentro das empresas para gerar valor e confiança no longo prazo.
Por fim, Paulo Seoane (diretor de Gestão de Riscos da Angel Lira), Carlos Corrêa (executivo de contas da Buonny), Hidvanil Cardoso (gerente de Vendas da Michelin Connected Fleet), Eduardo Lacet (presidente da Omnilink) e Luis Felipe Machado debateram sobre as melhores práticas para otimizar a gestão de frotas e reduzir custos no painel “Gestão de Frotas Aliada à Prevenção de Riscos”.
Uma brincadeira levada à sério
À tarde, Raquel Serini (economista e coordenadora de projetos no IPTC – Instituto Paulista do Transporte de Cargas), Junior Cavalca (diretor de Novos Negócios na Divelog Soluções em Logística e Co-fundador na Bricks Logix Treinamentos) e Eduardo Junqueira (co-fundador e instrutor na Bricks Logix Treinamentos) se reuniram para ministrar o workshop intitulado “Indicadores de Desempenho: Transforme seus ativos em impulsionadores de lucro”.
De acordo com Serini, o principal objetivo do workshop foi materializar e conscientizar as empresas como esses indicadores trazem, de fato, impacto para os custos. Como estratégia, foi utilizada a metodologia LEGO® Serious Play® para que os participantes dominem métricas como produtividade da frota, tempo de carga e descarga, interpretação de dados, tomada de decisões estratégicas e desenvolvimento de soluções inovadoras. “A ideia foi mostrar como o indicador atua na sua operação, então por que medir, onde medir, como medir e pra que medir. Mais do que isso, comparar o indicador com a medida entre as empresas para tomar decisões assertivas”, conclui Junqueira.